terça-feira, 22 de maio de 2007

Leitura

Estou lendo esse livro e percebo que ele é muito intenso, portanto fiz uma pesquisa.
Gostaria se alguem comentasse a respeito seria de grande ajuda.

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Mulheres que correm com os lobos:

O meu encontro com esse livro se deu por volta do ano de 1997, quando ministrava a oficina sobre universo feminino pelo Leia Brasil, programa de leitura da Petrobrás.
De imdiato, a minha sensação foi de impossibilidade total para digerir numa única leitura, todas as questões suscitadas pelo mesmo. Afinal, Clarissa Pinkola Estés, autora do mesmo, traça um perfil da mulher que corre paralelo à tradição oral e isso de cara, já dá “pano pra manga”. São milhares de anos de uma história de submissão e descobertas.
No entanto, pensava ser um livro que se lesse e que se indicasse aqui e acolá para mulheres que querem se ver e se rever nos contos copilados e recontados por Clarissa.
Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que por aqui, entre palmeiras e abacaxis, um grupo autodenominado as lobas lança mão do livro para falar de si e resgatar a essência da mulher!
Tudo isso, claro, tem uma facilitadora (tão loba quanto as demais) chamada Maria Inez do Espírito Santo, psicanalista e educadora que, seguindo a trilha da autora de Mulheres que correm os lobos, oferece um espelho para as mulheres a partir dos contos que compõem a obra.
É com ela nosso papo de hoje!!!
Maria Inês, o que são as lobas?
A gente brinca de chamar de “lobas” as participantes do Grupo de Estudos sobre o livro “Mulheres que correm com os lobos”.
Como acontecem os encontros?
São atualmente dois grupos no Rio e um em Friburgo. No Rio, um grupo se reúne às terças-feiras e outras às quintas-feiras, sempre às 20:30 (Praia do Flamengo, 66 B, sala 1208) Aqui, durante 1h30m fazemos a leitura do texto e comentamos os pontos que cada participante ressalta como importante. É apenas isso: uma leitura compartilhada, com o enriquecimento da reflexão em conjunto. Em Friburgo, os encontros têm acontecido uma vez por mês, sob forma de oficina. Aí uma história é narrada e temos cerca de 5h para ressaltar os pontos principais da interpretação e para a troca entre as participantes, de acordo com suas experiências pessoais. É importante ressaltar que não é um encontro só para mulheres. Os homens podem e devem participar, se tiverem interesse, porque se trata de um trabalho sobre o feminino e não sobre a mulher.
Como V. tem sentido que esses encontros se refletem na vida das participantes?
Temos, todas, crescido muito. Embora não se trate de um grupo de terapia, esse trabalho tem sido um espaço muito construtivo e eu ousaria dizer terapêutico, no sentido de gerador de dinamismo psíquico e facilitador de elaborações necessárias.
Quais são as questões que mais surgem nos encontros?
Todas as questões ligadas ao auto-conhecimento, à auto-estima, à valorização da singularidade de cada sujeito, ao respeito às diferenças individuais e em consequência disso às questões dos relacionamentos humanos.
Em sua opinião, como está a mulher hoje?
Cada vez mais próxima de se tornar consciente de sua função de reestruturadora da sociedade, na medida em que é quem gera, dá continente e suporte a outros seres humanos, no período de sua iniciação nesse mundo. Enfim, mulheres criam os homens e mulheres de amanhã.
Algumas dicas de loba pra loba.
Deixa eu pedir emprestado à Clarice Lispector – uma loba inesquecível, uma fala sua num trecho de uma carta que ela escreveu para a irmã em 1947. Dizia ela: “...o que eu queria dizer é que a gente é muito preciosa, e que é somente até certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar aos outros e às circunstâncias. Depois que uma pessoa perder o respeito a si mesma e o respeito às próprias necessidades – depois disso fica-se um pouco um trapo.”
Faço meu também esse fechamento que, com tenacidade de loba, Maria Inez nos presenteou.

www.contadoresdehistorias.pro.br/Maria%20Inez.htm sandraregina.multiply.com/reviews/item/63

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Desde mocinha eu escrevia poesias, cada vez que eu terminava uma paixão, eu fazia um poema, cada tristeza, alegria,cada olhar maroto.Acho que porisso me tornei uma poetiza, pq sempre estive apaixonada.As lágrimas que eu derramava se transformavam em sementes, em letras, em textos, em poemas.Ainda hoje faço isso, qdo estou triste com alguém eu escrevo uma poesia, cada poesia minha tem uma história.É como a semente que transformou em árvore.(MyrianBenatti)