Este é meu caderno. Gosto de escrever e colocar imagens condizentes com o que escrevi. Podemos viajar na leitura. Tenho sempre um lápis, um caderno e minha imaginação. Escrevo apenas o que vejo e o que sinto. Uma palavra pode render um belo poema, uma cena, um sentimento. Você me pergunta se sou eu aqui. Sou. Sempre sou eu a Myrian aqui na Alma Encantada, sem máscaras, sem disfarces, sem as facetas que costumo inventar para me reinventar.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
COLAR DE PÉROLAS
Estava vestida apenas com um lindo colar de perolas.
Nada mais em seu corpo.
Andava pela casa nua, e em seu corpo via-se a beleza de sua idade.
Já não era mais tão jovem, mas seu corpo era belo como uma tarde de verão.
Tinha acabado de fazer amor, sim amor.
Estava feliz. Seu rosto demonstrava plenitude.
Não radiante como os jovens que vêem estrelas ou perdendo a esperança como muitas pessoas na terceira idade.
Estava calma e feliz.
Banhou-se de pétalas e rosas seu corpo cheirava perfume da vida e sua pele macia transbordava a essência do amor.
Foi para o quarto, deitou em sua cama, ao lado do companheiro de toda uma vida; adormeceu de mãos dadas e sonhou...
Myrian Benatti
Numa estrada...
Numa estrada às vezes você faz uma curva muito fechada e ultrapassa o limite do outro.
Na vida acontece a mesma coisa.
A estrada nos ensina muito.
A vida também.
Na estrada tem faixas que permite a ultrapassagem, outras que precisamos ter cuidado, e uma delas que jamais podemos ultrapassar.
Na vida precisamos aprender a ler essas ultrapassagens na nossa mente.
É preciso tomar muito cuidado para não atropelar o outro ou arranhar a sua alma.
Myrian Benatti
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Fútil, Eu?
Caro amigo, demorei pra lhe escrever estava meio que atarefada por causa de idas e vinda atrás de filhos estudando, cada um agora em uma cidade. Até pra lhe escrever fiquei sem tempo.
Fiquei pensando se deveria escrever mesmo esta carta, pensei muito e decidi que se ao terminar de ler você quiser rasgar, será uma decisão sua. Outro dia quando lhe procurei foi porque precisava de seu colo, do seu ombro amigo.Você que tanto me recebe com um oi caloroso com palavras de saudades e beijos , pensei em dividir com você minhas angustias .
Mas qual não foi minha surpresa quando eu lhe disse que estava cansada de tantas coisas, de algo que não era de trabalho bem sei, era um cansaço de falta de amigos, de solidão, e você perguntou-me quem fazia meus serviços diários, que eu deveria trabalhar na casa e assim ficaria com o corpo cansado, como se ao cansar meu corpo toda a solidão passaria com uma noite de sono.
É fácil começar um papo com palavras que não sente, dizer que sente saudades de alguém e quando você necessita deste carinho a pessoa cai fora de medo da doação. Senti o chão se abrindo quando você me disse pra eu trabalhar, como se eu fosse uma pessoa fútil, pois é assim que você me vê.
Uma pessoa fútil.
Não preciso nomear o que faço aqui, seria em vão uma vez que você acha que minha vida é mais fácil que a sua.
Um dia voltarei e quem sabe ao nos reencontrarmos poderemos falar desta carta.
Um abraço...
Obs: chamo-te de amigo, e continuarei a lhe chamar assim
Myrian Benatti
terça-feira, 10 de agosto de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
O dia de minha mãe
Outro dia estava assistindo a um programa de televisão quando nos comerciais passou uma propaganda sobre o dia das mães. Eram várias mulheres de diferentes idades, raças e nacionalidades, e esta propaganda queria mostrar a importância dessas mulheres na vida de cada um. Foi aí então que eu parei para refletir.
Eu admiro muito a minha mãe. Mas isso é óbvio, todos devemos admirar nossas mães, elas têm até um dia próprio. Afinal foram elas que nos apresentaram o mundo; deram do seu leite para nos fortalecer; ensinaram-nos a falar, andar, escrever; esquentaram-nos nos dias de frio; paparicaram-nos quando estávamos doentes; deixaram de ir a uma festa por manha nossa; obrigaram-nos a comer legumes alegando ser para nosso próprio bem; alertaram-nos sobre meninos, sexos e bebidas; proibiram-nos de ir àquela festa e ainda diziam que iríamos agradecê-las por isso, apesar de toda a nossa raiva só podíamos pensar “ela tem razão”. Afinal mãe é mãe. Mas além de tudo isso eu admiro a minha mãe, pois além de mãe ela é a Myrian Aparecida.
Essa mulher é a inspiração do meu ser. Foi com ela que eu aprendi a acreditar nos meus sonhos. Ela que me ensinou a levantar quando a vida te faz tropeçar e a rir de mim mesma quando os outros rirem de mim. Ela me mostrou que ninguém é superior a ninguém e que eu devo respeitar como igual tanto a faxineira do mercado quanto o presidente. Foi com ela que eu criei hábitos de leitura. Quando eu era pequena eu a via sentada na cama lendo seus clássicos da Agatha Christie e pensava “isso parece ser legal”. Então eu pegava um livro, sentava do seu lado e me deliciava horas a fio.
E foi com ela que aprendi a escrever. Não escrever meu nome, mas escrever com o coração.
Não é por ser sua filha, mas minha mãe é a melhor poetisa que eu já conheci. Com seus textos e poesias eu já ri, chorei me assustei, me identifiquei e já me inspirei para também escrever. Até por que escrever poesia é como torcer sua alma e deixar cair no papel seus sentimentos.
A maior alegria que eu posso ter é mostrar um texto escrito por mim à minha mãe e ver seus olhos brilharem de orgulho. Para mim, a melhor herança que minha mãe poderia deixar são seus textos, para que eu possa mostrar para meus filhos e dizer: “sabe essa escritora brilhante? Era sua avó”.
Outro dia estava lendo o último poema que minha mãe escreveu, chama-se “os sonhos foram feitos para sonhar”, em que ela descreve os sonhos de todos que a circundam. A parte da qual fala sobre mim ela diz desconhecer o meu sonho, “meninas tem sonhos diversos”. Mas uma coisa eu posso garantir: meu grande sonho é um dia conseguir ser ao menos a metade da pessoa que Myrian Benatti é.
Regina Benatti Gondolfo
23/04/2010
Eu admiro muito a minha mãe. Mas isso é óbvio, todos devemos admirar nossas mães, elas têm até um dia próprio. Afinal foram elas que nos apresentaram o mundo; deram do seu leite para nos fortalecer; ensinaram-nos a falar, andar, escrever; esquentaram-nos nos dias de frio; paparicaram-nos quando estávamos doentes; deixaram de ir a uma festa por manha nossa; obrigaram-nos a comer legumes alegando ser para nosso próprio bem; alertaram-nos sobre meninos, sexos e bebidas; proibiram-nos de ir àquela festa e ainda diziam que iríamos agradecê-las por isso, apesar de toda a nossa raiva só podíamos pensar “ela tem razão”. Afinal mãe é mãe. Mas além de tudo isso eu admiro a minha mãe, pois além de mãe ela é a Myrian Aparecida.
Essa mulher é a inspiração do meu ser. Foi com ela que eu aprendi a acreditar nos meus sonhos. Ela que me ensinou a levantar quando a vida te faz tropeçar e a rir de mim mesma quando os outros rirem de mim. Ela me mostrou que ninguém é superior a ninguém e que eu devo respeitar como igual tanto a faxineira do mercado quanto o presidente. Foi com ela que eu criei hábitos de leitura. Quando eu era pequena eu a via sentada na cama lendo seus clássicos da Agatha Christie e pensava “isso parece ser legal”. Então eu pegava um livro, sentava do seu lado e me deliciava horas a fio.
E foi com ela que aprendi a escrever. Não escrever meu nome, mas escrever com o coração.
Não é por ser sua filha, mas minha mãe é a melhor poetisa que eu já conheci. Com seus textos e poesias eu já ri, chorei me assustei, me identifiquei e já me inspirei para também escrever. Até por que escrever poesia é como torcer sua alma e deixar cair no papel seus sentimentos.
A maior alegria que eu posso ter é mostrar um texto escrito por mim à minha mãe e ver seus olhos brilharem de orgulho. Para mim, a melhor herança que minha mãe poderia deixar são seus textos, para que eu possa mostrar para meus filhos e dizer: “sabe essa escritora brilhante? Era sua avó”.
Outro dia estava lendo o último poema que minha mãe escreveu, chama-se “os sonhos foram feitos para sonhar”, em que ela descreve os sonhos de todos que a circundam. A parte da qual fala sobre mim ela diz desconhecer o meu sonho, “meninas tem sonhos diversos”. Mas uma coisa eu posso garantir: meu grande sonho é um dia conseguir ser ao menos a metade da pessoa que Myrian Benatti é.
Regina Benatti Gondolfo
23/04/2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Escalando Montanhas
Lendo um artigo de Lya Luft sobre os filhos do lixo fiquei pensando na seguinte frase:
“Gravei a tristeza, a resignação, a imagem das crianças minúsculas e seminuas, contentes comendo lixo. Uma cuidando do irmãozinho menor, que escalava a montanha do lixo. Criadas, como suas mães, acreditando que Deus queria isso”.
Porque falo isso e mostro essa reportagem?
Há muito tempo não entrava em uma sala de bate papo, não tinha tempo e pouca vontade. Tinha esquecido como era a sordidez de homens (não todos) que entram em salas, falo não todos, mas a maioria não vai lá apenas pra conversar papo furado. Entrei como sempre, usei o codinome de jovem senhora, pq não sou jovem nem velha, mas este nome me convém, como sou casada e estava afim de um bom papo entrei em salas diversas. Quando um homem começa o papo, diz que esta lá porque esta solitário e o papo podem ser agradáveis, mas logo quer saber sua fisionomia, que importa saber como a pessoa é por fora se nunca vai conhecer? Começa falando pequenas pornografias, como se todas as mulheres que vão numa sala de bate papo vão somente com esse propósito. Temos que sair de sala em sala procurando pessoas agradáveis que a conversa pode fluir um assunto interessante, é como jogar no lixo tudo de bom que a gente tem.
Fico pensando que ao procurar amizades virtuais em salas de bate papo se não estamos escalando montanhas de lixo para no fundo encontrar uma fruta que alguém jogou por engano, uma fruta não estragada. Se encontramos tem que pegar como se fosse um tesouro e rezar pra Deus para que nada estrague tão bela amizade.
Myrian
domingo, 18 de abril de 2010
Vazio
quarta-feira, 31 de março de 2010
O amor que acabou
Quando foi que o amor se acabou e o príncipe virou sapo e a princesa desencantou? Provavelmente depois de tantos beijos não dados, de tantos momentos deixados pro lado, de tanto monólogo de ambas as partes. Em geral o amor assiste à própria morte e resta silencioso. Ou ele grita por socorro e as pessoas se fazem de surdas. O mais difícil no fim de um relacionamento é admitir que tudo acabou.
Há pessoas que insistem simplesmente porque não querem admitir o fim. E caminham vagarosamente na vida, vivendo o dia-a-dia como se não houvesse o depois. Mas a vida não acaba quando morre um amor. Ela simplesmente passa por uma transição que, como todas, são freqüentemente doloridas. Tememos as mudanças porque tememos o desconhecido. Mas o que é o desconhecido?
Mesmo o dia de amanhã, não podemos tocá-lo até que ele chegue a nós, não podemos sabê-lo até que chegue o momento em que, mergulhados, precisamos vivê-lo. Aceitar a morte, qualquer que seja, é reconhecer nossa vulnerabilidade diante da vida. E somos seres orgulhosos por demais para querer reconhecer nossa fragilidade ante o que não podemos controlar. E a vida não se controla.
Ela se abate sobre nossas cabeças e tudo o que podemos fazer é vivê-la o mais intensamente possível com todos os riscos e perigos que ela nos impõe, com todas as surpresas, que ela nos reserva. Precisamos é tirar o melhor partido do que está em nossas mãos e reconhecer que pra todo fim há sempre um recomeço. Uma perda é quase sempre um ganho, é muitas vezes a válvula propulsora para uma nova vida, uma nova história, um novo amanhã.
Letícia Thompson
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quem sou eu...
Desde mocinha eu escrevia poesias, cada vez que eu terminava uma paixão, eu fazia um poema, cada tristeza, alegria,cada olhar maroto.Acho que porisso me tornei uma poetiza, pq sempre estive apaixonada.As lágrimas que eu derramava se transformavam em sementes, em letras, em textos, em poemas.Ainda hoje faço isso, qdo estou triste com alguém eu escrevo uma poesia, cada poesia minha tem uma história.É como a semente que transformou em árvore.(MyrianBenatti)