Outro dia estava assistindo a um programa de televisão quando nos comerciais passou uma propaganda sobre o dia das mães. Eram várias mulheres de diferentes idades, raças e nacionalidades, e esta propaganda queria mostrar a importância dessas mulheres na vida de cada um. Foi aí então que eu parei para refletir.
Eu admiro muito a minha mãe. Mas isso é óbvio, todos devemos admirar nossas mães, elas têm até um dia próprio. Afinal foram elas que nos apresentaram o mundo; deram do seu leite para nos fortalecer; ensinaram-nos a falar, andar, escrever; esquentaram-nos nos dias de frio; paparicaram-nos quando estávamos doentes; deixaram de ir a uma festa por manha nossa; obrigaram-nos a comer legumes alegando ser para nosso próprio bem; alertaram-nos sobre meninos, sexos e bebidas; proibiram-nos de ir àquela festa e ainda diziam que iríamos agradecê-las por isso, apesar de toda a nossa raiva só podíamos pensar “ela tem razão”. Afinal mãe é mãe. Mas além de tudo isso eu admiro a minha mãe, pois além de mãe ela é a Myrian Aparecida.
Essa mulher é a inspiração do meu ser. Foi com ela que eu aprendi a acreditar nos meus sonhos. Ela que me ensinou a levantar quando a vida te faz tropeçar e a rir de mim mesma quando os outros rirem de mim. Ela me mostrou que ninguém é superior a ninguém e que eu devo respeitar como igual tanto a faxineira do mercado quanto o presidente. Foi com ela que eu criei hábitos de leitura. Quando eu era pequena eu a via sentada na cama lendo seus clássicos da Agatha Christie e pensava “isso parece ser legal”. Então eu pegava um livro, sentava do seu lado e me deliciava horas a fio.
E foi com ela que aprendi a escrever. Não escrever meu nome, mas escrever com o coração.
Não é por ser sua filha, mas minha mãe é a melhor poetisa que eu já conheci. Com seus textos e poesias eu já ri, chorei me assustei, me identifiquei e já me inspirei para também escrever. Até por que escrever poesia é como torcer sua alma e deixar cair no papel seus sentimentos.
A maior alegria que eu posso ter é mostrar um texto escrito por mim à minha mãe e ver seus olhos brilharem de orgulho. Para mim, a melhor herança que minha mãe poderia deixar são seus textos, para que eu possa mostrar para meus filhos e dizer: “sabe essa escritora brilhante? Era sua avó”.
Outro dia estava lendo o último poema que minha mãe escreveu, chama-se “os sonhos foram feitos para sonhar”, em que ela descreve os sonhos de todos que a circundam. A parte da qual fala sobre mim ela diz desconhecer o meu sonho, “meninas tem sonhos diversos”. Mas uma coisa eu posso garantir: meu grande sonho é um dia conseguir ser ao menos a metade da pessoa que Myrian Benatti é.
Regina Benatti Gondolfo
23/04/2010
Eu admiro muito a minha mãe. Mas isso é óbvio, todos devemos admirar nossas mães, elas têm até um dia próprio. Afinal foram elas que nos apresentaram o mundo; deram do seu leite para nos fortalecer; ensinaram-nos a falar, andar, escrever; esquentaram-nos nos dias de frio; paparicaram-nos quando estávamos doentes; deixaram de ir a uma festa por manha nossa; obrigaram-nos a comer legumes alegando ser para nosso próprio bem; alertaram-nos sobre meninos, sexos e bebidas; proibiram-nos de ir àquela festa e ainda diziam que iríamos agradecê-las por isso, apesar de toda a nossa raiva só podíamos pensar “ela tem razão”. Afinal mãe é mãe. Mas além de tudo isso eu admiro a minha mãe, pois além de mãe ela é a Myrian Aparecida.
Essa mulher é a inspiração do meu ser. Foi com ela que eu aprendi a acreditar nos meus sonhos. Ela que me ensinou a levantar quando a vida te faz tropeçar e a rir de mim mesma quando os outros rirem de mim. Ela me mostrou que ninguém é superior a ninguém e que eu devo respeitar como igual tanto a faxineira do mercado quanto o presidente. Foi com ela que eu criei hábitos de leitura. Quando eu era pequena eu a via sentada na cama lendo seus clássicos da Agatha Christie e pensava “isso parece ser legal”. Então eu pegava um livro, sentava do seu lado e me deliciava horas a fio.
E foi com ela que aprendi a escrever. Não escrever meu nome, mas escrever com o coração.
Não é por ser sua filha, mas minha mãe é a melhor poetisa que eu já conheci. Com seus textos e poesias eu já ri, chorei me assustei, me identifiquei e já me inspirei para também escrever. Até por que escrever poesia é como torcer sua alma e deixar cair no papel seus sentimentos.
A maior alegria que eu posso ter é mostrar um texto escrito por mim à minha mãe e ver seus olhos brilharem de orgulho. Para mim, a melhor herança que minha mãe poderia deixar são seus textos, para que eu possa mostrar para meus filhos e dizer: “sabe essa escritora brilhante? Era sua avó”.
Outro dia estava lendo o último poema que minha mãe escreveu, chama-se “os sonhos foram feitos para sonhar”, em que ela descreve os sonhos de todos que a circundam. A parte da qual fala sobre mim ela diz desconhecer o meu sonho, “meninas tem sonhos diversos”. Mas uma coisa eu posso garantir: meu grande sonho é um dia conseguir ser ao menos a metade da pessoa que Myrian Benatti é.
Regina Benatti Gondolfo
23/04/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário