sexta-feira, 7 de maio de 2010

O dia de minha mãe


Outro dia estava assistindo a um programa de televisão quando nos comerciais passou uma propaganda sobre o dia das mães. Eram várias mulheres de diferentes idades, raças e nacionalidades, e esta propaganda queria mostrar a importância dessas mulheres na vida de cada um. Foi aí então que eu parei para refletir.
Eu admiro muito a minha mãe. Mas isso é óbvio, todos devemos admirar nossas mães, elas têm até um dia próprio. Afinal foram elas que nos apresentaram o mundo; deram do seu leite para nos fortalecer; ensinaram-nos a falar, andar, escrever; esquentaram-nos nos dias de frio; paparicaram-nos quando estávamos doentes; deixaram de ir a uma festa por manha nossa; obrigaram-nos a comer legumes alegando ser para nosso próprio bem; alertaram-nos sobre meninos, sexos e bebidas; proibiram-nos de ir àquela festa e ainda diziam que iríamos agradecê-las por isso, apesar de toda a nossa raiva só podíamos pensar “ela tem razão”. Afinal mãe é mãe. Mas além de tudo isso eu admiro a minha mãe, pois além de mãe ela é a Myrian Aparecida.
Essa mulher é a inspiração do meu ser. Foi com ela que eu aprendi a acreditar nos meus sonhos. Ela que me ensinou a levantar quando a vida te faz tropeçar e a rir de mim mesma quando os outros rirem de mim. Ela me mostrou que ninguém é superior a ninguém e que eu devo respeitar como igual tanto a faxineira do mercado quanto o presidente. Foi com ela que eu criei hábitos de leitura. Quando eu era pequena eu a via sentada na cama lendo seus clássicos da Agatha Christie e pensava “isso parece ser legal”. Então eu pegava um livro, sentava do seu lado e me deliciava horas a fio.
E foi com ela que aprendi a escrever. Não escrever meu nome, mas escrever com o coração.
Não é por ser sua filha, mas minha mãe é a melhor poetisa que eu já conheci. Com seus textos e poesias eu já ri, chorei me assustei, me identifiquei e já me inspirei para também escrever. Até por que escrever poesia é como torcer sua alma e deixar cair no papel seus sentimentos.
A maior alegria que eu posso ter é mostrar um texto escrito por mim à minha mãe e ver seus olhos brilharem de orgulho. Para mim, a melhor herança que minha mãe poderia deixar são seus textos, para que eu possa mostrar para meus filhos e dizer: “sabe essa escritora brilhante? Era sua avó”.
Outro dia estava lendo o último poema que minha mãe escreveu, chama-se “os sonhos foram feitos para sonhar”, em que ela descreve os sonhos de todos que a circundam. A parte da qual fala sobre mim ela diz desconhecer o meu sonho, “meninas tem sonhos diversos”. Mas uma coisa eu posso garantir: meu grande sonho é um dia conseguir ser ao menos a metade da pessoa que Myrian Benatti é.


Regina Benatti Gondolfo
23/04/2010

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Desde mocinha eu escrevia poesias, cada vez que eu terminava uma paixão, eu fazia um poema, cada tristeza, alegria,cada olhar maroto.Acho que porisso me tornei uma poetiza, pq sempre estive apaixonada.As lágrimas que eu derramava se transformavam em sementes, em letras, em textos, em poemas.Ainda hoje faço isso, qdo estou triste com alguém eu escrevo uma poesia, cada poesia minha tem uma história.É como a semente que transformou em árvore.(MyrianBenatti)