
O trem partiu,
sobre os trilhos ficaram
as marcas do tempo,
da poeira, da solidão.
O sol o acompanhou até a lua aparecer.
Nesta noite as estrelas hesitaram,
as luzes que o acompanhavam
foram encobertas pelas
nuvens mescladas.
O ar ficou parado,
as folhas das árvores
esperavam um sinal para se mexer,
nada movia.
Uma chuva de meteorito
rasgou o céu num grito de liberdade.
Todo o universo que estava inerte
despertou.
O trem que partira
chegou ao seu destino
apitando ferozmente,
chegando a uma estação vazia.
Myrian Benatti
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