quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O Trem


O trem partiu,

sobre os trilhos ficaram

as marcas do tempo,

da poeira, da solidão.

O sol o acompanhou até a lua aparecer.

Nesta noite as estrelas hesitaram,

as luzes que o acompanhavam

foram encobertas pelas

nuvens mescladas.

O ar ficou parado,

as folhas das árvores

esperavam um sinal para se mexer,

nada movia.

Uma chuva de meteorito

rasgou o céu num grito de liberdade.

Todo o universo que estava inerte

despertou.

O trem que partira

chegou ao seu destino

apitando ferozmente,

chegando a uma estação vazia.


Myrian Benatti

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O cafajeste


Quando o amor está findando

Visto a roupa de uma outra mulher


Uma nova fantasia,

Uma nova personalidade,

Um novo começo,

Uma nova história.


Na esperança de reconquistá-lo,

Na esperança que volte a me amar,

Na esperança que volte para mim.


E ele ama a minha fantasia,

E ele me deseja como carne,

Não se importa quem está vestida,

Não me reconhece,


Apenas vê uma mulher,

Desde que esteja aí,

Para satisfazer suas necessidades,

Se sou eu,

Ou minhas máscaras.


O que eu esqueço,

O que eu não percebo,

É que o amor já acabou,

O que ficou são lágrimas amargas,



E que ele morreu,

E que ele sempre foi


Um cafajeste,


Eu apenas não percebia,

Porque eu o amava,


Posso vestir mil fantasias,

Que ele só vai amar,

Só vai desejar


A fêmea que existe em mim.




Myrian Benatti

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

AMOR QUE MORRE



Amor que morre é só, talvez, paixão

Um desaire, em desamor, do sentimento

É um rebate irracional do coração

É fragilidade do amor, num só momento


Amor não morre assim. Ele é eterno...

Vulnerável? Sim. Porém, tão terno

Que nem sabe a si mesmo definir.

Amor é : chegar sempre... sem partir.


Definir o amor? Tarefa inglória!

O Amor não se faz só de memória

Faz-se e renasce em ética e moral.


E mesmo que haja tristeza e nostalgia

(Imponderáveis do nosso dia a dia)

O amor, meu amor: É imortal!



Maria Badalassi(poetisa portuguesa)

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Poema


Na minha rua adormeci, em águas cristalinas eu amei.

Amei você.

Amei virtualmente.

Amei incondicionalmente.

E amores também acabam como fim de outono.

Existem anjos, também anjos da guarda, almas que habitei, auras iluminada.

Falei ao vento, voei com as asas libertas, tive ausência de sonhos, andei nos caminhos do amor, observei muitos bancos vazios, vi uma estrela caindo, busquei colo, tive medo, presenciei muitos corações duros.

Na dança com o corpo em êxtase beijei, despertei, fiz de conta, fantasiei minha alma, me iludi, desatei amarras, equilibrei, fechei os olhos, despedi.

Tentei ser aceita, escutei, parti, transformei-me em personagens, fragmentei, precisei com urgência de abraço, de razão, de paixão.

Tentei alçar vôos, fui ao telhado, na varanda, na janela, pelas tardes, pelas manhãs, nas ruas isoladas, nas portas entreabertas, no portal, nos porquês.

Procurei um amigo, poetizei minha vida, fui palhaço, pássaro ferido, andei nas asas de um vampiro, não tive saída.

Quisera não ter tido saudades, nem cantado o silencio, a depressão, nem ficado na penumbra.

Onde você estava que eu não te vi?

Nas ondas?

Nos bares?

No vento?

Nas estradas sinuosas?

Como mendigo eu procurei liberdade, no meu porto, no meu coração, no meu amor.

mulher eu arranquei máscaras, enxuguei lágrimas, fui sedutora, apaguei o fogo do proibido.

Tive dores, sonhos, vício, solidão.
Será que foi um sonho?


Myrian Benatti

Não sei...


Não sei... se a vida é curta...
Não sei... Não sei...
se a vida é curta ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos

tem sentido,

se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:

colo que acolhe,

braço que envolve,

palavra que conforta,

silêncio que respeita,

alegria que contagia,

lágrima que corre,

olhar que sacia,

amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:

é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta,

nem longa demais,

mas que seja intensa,

verdadeira e pura...

enquanto durar.


Cora Coralina

Bem vindo!!!

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Alma Encantada

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Quem sou eu

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Sou poesia,sou procura, sou ilusão.

quem sou eu...

Desde mocinha eu escrevia poesias, cada vez que eu terminava uma paixão, eu fazia um poema, cada tristeza, alegria,cada olhar maroto.Acho que porisso me tornei uma poetiza, pq sempre estive apaixonada.As lágrimas que eu derramava se transformavam em sementes, em letras, em textos, em poemas.Ainda hoje faço isso, qdo estou triste com alguém eu escrevo uma poesia, cada poesia minha tem uma história.É como a semente que transformou em árvore.(MyrianBenatti)