domingo, 26 de julho de 2009

25 de julho



Oi amigo faz algum tempo que não lhe escrevo, andei um pouco ausente, muitas festas.
Desde o começo do ano que estou indo de lá para cá em alguma homenagem, formatura, aniversários, casamento.
Depois que a gente faz cinqüenta anos à vida recomeça como se fosse um ciclo. Talvez eu viva mais cinqüenta. Não sei, vai depender das minhas dores, como doem os ossos, as pernas, as nunca caminhadas que fiz os nunca regimes para emagrecer e o joelho reclama, enfim tudo dobra na idade da menopausa.
Por um tempo vivi de uma ilusão como alguém que toma um trago de uma bebida forte, uma ilusão de estar renovada como se fosse uma adolescente, apaixonada por tudo ao redor, por si mesma, gostando do vermelho mais vivo do alaranjado, do arco-íris, das cores vibrantes.
Um belo dia as cores vão indo embora, você vai envelhecendo a cútis, o cabelo precisando de uma pinturinha básica, os olhos perdendo o brilho, e a ilusão da adolescente caindo no bueiro.
Será que eu escorreguei?
Será que eu me machuquei nesse tombo?
Sabe amigo todas essas indagações eu tenho quando deito em minha cama e lembro-me da vivacidade que eu tinha há algum tempo atrás.
Hoje estou mais calma, mais pensativa, mais sensata.
Estar iludida é tão bom e ao mesmo tempo tão embriagador.
Um pé que seja no chão nos tira da nossa nuvem confortável e nos trás novamente à realidade.
Como é angustiante perceber algumas vezes, que só é feliz quando está totalmente iludida com uma luz que já não existe, assim como a estrela quando avistamos no céu. Um brilho falso.
Amigo percebi que a ilusão é como a estrela: é uma luz que já morreu, por isso a avistamos.
Hoje é um dia muito especial para mim, tudo o que tem começo, tem fim.
Deixei a ilusão de ser adolescente, mas entrei de cara na idade real de ser uma cinquentona que consegue enxergar o vermelho vivo da cor de púrpura, cor do batom, do azul do céu, do verde de um lago. Nem sempre é necessário ver cores tão berrantes, enxergar o que é belo vem da alma, dos olhos que consegue tocar o que se quer.
O que importa se tenho ruga e pinto os cabelos?
Às vezes me embriago da felicidade de estar viva, não da ilusão de não ser eu.
Hoje apaixonei somente por mim mesma, readquiri minha auto-estima, deixei para trás os grilhões que me prendia.
25 de julho foi uma data apenas, não um marco em minha vida.
Hoje caro amigo consigo administrar mais a minha saudade e meus sentimentos, hoje não preciso que ninguém me diga como fazer para ser feliz.





Myrian Benatti

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Sou poesia,sou procura, sou ilusão.

quem sou eu...

Desde mocinha eu escrevia poesias, cada vez que eu terminava uma paixão, eu fazia um poema, cada tristeza, alegria,cada olhar maroto.Acho que porisso me tornei uma poetiza, pq sempre estive apaixonada.As lágrimas que eu derramava se transformavam em sementes, em letras, em textos, em poemas.Ainda hoje faço isso, qdo estou triste com alguém eu escrevo uma poesia, cada poesia minha tem uma história.É como a semente que transformou em árvore.(MyrianBenatti)